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Discurso da Servidão Voluntária

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O “ Discurso da Servidão Voluntária ”, escrito em  1548  quando Étienne de La Boétie tinha 18 anos, é uma crítica à  legitimidade  dos governantes, chamados por ele de “tiranos”. La Boétie explica de que maneira os povos podem se submeter voluntariamente ao governo de um só homem: em primeiro lugar, pelo hábito, uma vez que quem está acostumado à servidão tende a não questioná-la ; em seguida, pela religião e pela  superstição  que se cria em torno da figura do líder. No entanto, não são apenas esses dois métodos os elementos necessários para criar a servidão voluntária: o segredo da dominação consiste em envolver o dominado na própria estrutura da dominação, a saber, uma pirâmide de poder: o tirano domina meia dúzia, essa meia dúzia domina seiscentos, esses seiscentos dominam seis mil, e abaixo desses seis mil vêm todos os outros. Para dominar a meia dúzia, ou seja, os seus cortesãos, o tirano atira-lhes migalhas, e estes, gratos, aceitam ...

" Evolução "

Tanto sendo construído  Tanta alegação de evolução , evolução  Mas como podemos dizer isso?!  Se os edifícios estão crescendo , mas o amor não ?  Excerto//

Libertador desencanto

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Libertador desencanto   Fere-me com palavras verdadeiras    Palavras que arrebatam e ensinam   Que ao passar do tempo, suavizam   Nos colocando em realidades derradeiras   Meras palavras, lá vens tu dizendo-me.  Sem perceber usaste-as de forma enganosa.  Verdade pode arder, mas como fogo purifica.  Palavras sinceras preciso, por favor liberta-me!  Quero ser desiludido, quero ser liberto.  Só a verdade liberta.  Por mais doloroso que seja.  É desta forma que me revejo.  Fere-me, não importo as feridas.  Cicatrizes fazem parte das nossas vidas.  Ao custo não sou indolente, aliás é inerente.  Liberta-me com a verdade recorrente.  Na passarela da verdade envia-me.  Despe-me, retira-me as roupas do engano.  Que com a ilusão haja um libertador desencanto.  Eu anseio e rogo-te, fere-me.   .. ...//.......

Regresso

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Quando eu voltar, que se alongue sobre o mar, o meu canto ao Criador! Porque me deu, vida e amor, para voltar... Voltar... Ver de novo baloiçar a fronde majestosa das palmeiras que as derradeiras horas do dia, circundam de magia... Regressar... Poder de novo respirar, (oh!...minha terra!...) aquele odor escaldante que o húmus vivificante do teu solo encerra! Embriagar uma vez mais o olhar, numa alegria selvagem, com o tom da tua paisagem, que o sol, a dardejar calor, transforma num inferno de cor... Não mais o pregão das varinas, nem o ar monótono, igual, do casario plano... Hei-de ver outra vez as casuarinas a debruar o oceano... Não mais o agitar fremente de uma cidade em convulsão... não mais esta visão, nem o crepitar mordente destes ruídos... os meus sentidos anseiam pela paz das noites tropicais em que o ar parece mudo, e o silêncio envolve tudo Sede...Tenho sede dos crepúsculos africanos, todos os ...

Se todo mundo fosse cego?

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'' Se todo mundo fosse cego Como será que a gente viveria? como de um sonho se tratasse uma realidade  distante Ali ninguém se exibia Não havia estatus, moda ou opulência Pois carros, roupas e aparência Nada disso mais valia Eu vi um mundo mais generoso E mais cheio de compaixão Vi pessoas se ajudando em completa comunhão Pois a falta de visão Nos obrigava a buscar A ajuda de um par Pra nos guiar na escuridão Com o aumento do contato Aprimoramos o tato, é fato Buscávamos no outro um teto, afeto A tecnologia já não nos dominava mais Ao invés de internet Nos conectávamos tete a tete E com abraços, trocamos as redes por laços sociais Não haviam diferenças raciais Pois a falta de visão nos fez iguais Seres humanos, com as mesmas necessidades físicas e emocionais Assim eu vi florescer lindos amores E pessoas de todas as cores, formam belos casais Eu vi um homem engravatado Conversando com um sem teto E daquele di...