Regresso
Quando eu voltar, que se alongue sobre o mar, o meu canto ao Criador! Porque me deu, vida e amor, para voltar... Voltar... Ver de novo baloiçar a fronde majestosa das palmeiras que as derradeiras horas do dia, circundam de magia... Regressar... Poder de novo respirar, (oh!...minha terra!...) aquele odor escaldante que o húmus vivificante do teu solo encerra! Embriagar uma vez mais o olhar, numa alegria selvagem, com o tom da tua paisagem, que o sol, a dardejar calor, transforma num inferno de cor... Não mais o pregão das varinas, nem o ar monótono, igual, do casario plano... Hei-de ver outra vez as casuarinas a debruar o oceano... Não mais o agitar fremente de uma cidade em convulsão... não mais esta visão, nem o crepitar mordente destes ruídos... os meus sentidos anseiam pela paz das noites tropicais em que o ar parece mudo, e o silêncio envolve tudo Sede...Tenho sede dos crepúsculos africanos, todos os ...